Pedra nos Rins: Sintomas, Causas e Tratamentos

Vinicius Pestana

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Pedra nos rins

O cálculo renal, conhecido popularmente como pedra nos rins e cientificamente como litíase renal, é uma condição que ocorre quando sais minerais e outras substâncias se acumulam nos rins, formando cristais. Esses cristais podem se unir e formar pedras, que podem causar dor, sangramento e outros sintomas.

As pedras nos rins podem ser de diferentes tamanhos, desde pequenos grãos de areia até pedras maiores do que uma bola de golfe. As pedras menores geralmente passam pelos ureteres, tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga, sem causar problemas. No entanto, as pedras maiores podem ficar presas nos ureteres e causar bloqueios, o que pode levar a dor intensa e outros sintomas.

Afeta entre 2% a 3% da população global e é a terceira patologia mais frequente do aparelho genitourinário¹.

Formação das pedras nos rins

Mulher sentindo dor pelas pedras nos rins

O processo de formação dos cálculos renais é bastante complexo e multifatoral. A hereditariedade, o clima, a profissão, a nutrição, a idade, o sexo e a raça influenciam no aparecimento dos cálculos².

O que acontece:

  • aumento da excreção dos elementos constituintes dos cálculos na urina;
  • ou diminuição da excreção de inibidores da cristalização².

O resultado:

  • acontece a formação de de um núcleo e agrupamento de cristais, que cresce e forma as pedras nos rins².

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento da condição, incluindo:

  • Desidratação
  • Dieta rica em sódio, açúcar e proteína animal
  • Baixa ingestão de líquidos
  • História familiar de pedra nos rins
  • Algumas condições médicas, como hiperparatireoidismo, gota e diabetes
  • Sintomas de pedra nos rins

Os sintomas de pedra nos rins podem variar dependendo do tamanho, localização e tipo de pedra. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Dor intensa no flanco, que pode irradiar para a virilha ou a parte inferior das costas
  • Náusea e vômito
  • Sangramento na urina
  • Micção frequente e dolorosa
  • Dor durante a relação sexual

Diagnóstico de pedra nos rins

Mulher sofrendo de dor abdominal pelas pedras nos rins

O diagnóstico de pedra nos rins geralmente é feito com base nos sintomas e nos resultados de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Tratamento

O tratamento da pedra nos rins depende do tamanho e da localização da pedra. A maioria das pedras menores de 5 mm pode ser eliminada naturalmente com a ingestão de líquidos e medicamentos que ajudam a relaxar os ureteres, o que facilita a passagem das pedras.

Para pedras maiores ou que não são eliminadas naturalmente, o tratamento pode ser feito com cirurgia, que pode ser realizada por laparoscopia ou cirurgia aberta.

Em caso de suspeita, é imprescindível que se busque diagnóstico e acompanhamento profissional da saúde.

Algumas medidas dietéticas podem ser tomadas com auxílio médico²:

  • boa hidratação (beber bastante água);
  • redução moderada de cálcio (evitar alimentos ricos em cálcio, como lácteos e derivados);
  • evitar a ingestão de proteínas animais, sódio, carnes gordas e jovens, órgãos e vísceras, conservas, mariscos e bebidas alcoólicas;
  • ingerir alimentos com elevado teor de fibras².

Prevenção de pedra nos rins

A prevenção de pedra nos rins é importante para pessoas que já tiveram a condição ou que têm fatores de risco para desenvolvê-la. As medidas preventivas incluem:

  • Manter-se hidratado, tomando pelo menos 2 litros de água por dia
  • Reduzir o consumo de sal, açúcar e proteínas
  • Perder peso, se estiver obeso
  • Seguir uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais
  • Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas

Conseguiu entender mais sobre o assunto?

A pedra nos rins é uma condição que pode causar dor abdominal e outros sintomas incômodos. O diagnóstico e o tratamento precoces são importantes para evitar complicações!

Referências:

  1. Gomes PN. Profilaxia da litíase renal. Acta Urológica. 2005 [acesso em 2015 mar 03]; 22(3): 47-56.
  2. Korkes F, Gomes SA, Heilberg IP. Diagnóstico e Tratamento de Litíase Ureteral. J Bras Nefrol. 2009 [acesso em 2015 mai 26]; 31(1): 55-61.

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